quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

BUMBUM PRATICUMBUM PRUCURUNDUM


Chegou a hora mais esperada da Brasiléia doida. A hora do “bumbum praticumbum prucurundum” repleta de álcool, drogas, sexo fácil e bacanais e farras de deixar o quinto dos infernos com vergonha. Porque carnaval é isso mesmo. A palavra vem do velho latim e significa Carne Vale, ou seja, a época em que os cristãos liberam seus instintos mais primitivos – como disse o já saudoso Jefferson – para fazer valer os prazeres da carne. Sem contar co a imagem mais apreciada do Brasil no exterior, que é a do País das bundas de fora, dos peitões siliconados à mostra e das “ perseguidas” tapadas apenas com uma minúscula folha de parreira.

A safadeza vai dominar todos os quadrantes que, durante quinze ou vinte dias, acordará um gigante deitado eternamente em berço esplêndido, levando-o, vestido de mulher, de pirata ou jardineira para a orgia sem tamanho. E o povo vai cantar e aplaudir a ala dos barões famintos, o bloco dos napoleões retintos e os pigmeus do bulevar, na ofegante epidemia que se chama carnaval.

Milhões e milhões do dinheiro que é negado pra saúde, pra merenda escolar e para as mínimas e quase invisíveis necessidades de todo um povo, serão liberadas e escorrerão por torneiras escancaradas e fartas, para patrocinar a maior e mais conhecida bandeira do turismo Brasileiro. Outros milhões serão “investidos” pelo próprio poder, em camarotes caríssimos, mulheres deslumbrantes e o néctar das elites, envelhecido no mínimo por doze anos.

O baronato da droga por esta época já se encontra com seu “almoxarifado” repleto, com um estoque tão farto de pedras, pó e outros bagulhos, que, com certeza, exigiu de países vizinhos como a Bolívia, Colômbia e Paraguai trabalho, forçado e com pagamento de horas extras. Enquanto isso, por outro lado, o policialismo Nacional, que retrata a segurança do seu povo como briga entre polícia e bandido, à ré das novas concepções que há décadas fazem parte de países realmente civilizados, anda apreendendo aqui e ali alguns quilos dessa malandragem, enquanto toneladas e toneladas vazam por toda a extensão de suas fronteiras.

O descaminho do whisky contrabandeado, vai deixar a aduana da fronteira muy amiga e paraguaia totalmente atônita, sem nenhum torniquete que consiga estancar sua hemorragia, sob os olhares complacentes de uma velha e inexplicável amistad entre brasileiros e sus hermanos paraguaios, que andam expulsando nossos agricultores e empreendendo luta acirrada para melhorar os preços da energia comprada pelo Brasil. Brasil que financiou integralmente a construção da usina, cujo empréstimo ao nosso vizinho ainda não foi pago.

Mas em breve todos vamos ler nas páginas da mídia o balanço da “grande festa”. E nele haveremos de presenciar hospitais superlotados de assassinatos, aleijões, comas e acidentes de automóveis partidos ao meio por postes da rede elétrica, que em meio ao carnaval, trafegam por calçadas totalmente bêbados.

Mas o Brasil vai estar na mídia internacional. Mostrando suas tetas e bundas mulatas. Mostrando as safadinhas da mídia global requebrando carnes como rainhas de bateria. Mostrando as deliciosas do BBB como escreveu recentemente um juiz em uma exótica sentença.

Não é por acaso que recentemente um jurista italiano disse: o Brasil é conhecido muito mais por suas bailarinas do que por sua inteligência jurídica.

VIVA O BRASIL!

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