DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS
É muito bom saber que o Senador Expedito Junior está indignado com o lobby exercido em favor de empresas do Acre no contexto de construção das Usinas do Madeira. Até aí morreu neves. O difícil é não entender o porquê de inexistir a mesma indignação quando concorrências para as obras de saneamento básico são proibitivas para empresas do Estado e são direcionadas para mega empreiteiras de outras unidades da federação. Se é pra defender alguém acho que deveríamos preferir o Estado do Acre, por ser vizinho e sofredor das mesmas dificuldades do Estado de Rondônia.
A atitude tomada pelo Governo Brasileiro com relação aos dois desportistas cubanos que tentaram se refugiar no Brasil em busca de novas oportunidades, acabou por causar indignação no cenário internacional, mostrando certa subserviência Brasileira perante o grande comandante Fidel Castro. Até aí tudo como dantes no quartel de Abrantes. O difícil é entender a valentia do Brasil perante a Itália, no momento de aceitar um refugiado “político”, portador de uma ficha criminal onde constam assaltos, furtos e assassinatos.
Agrada muito saber que o salário mínimo acaba de saltar para a “estratosférica” casa de quatrocentos e sessenta e cinco reais. Uma mudança significativa na renda dos miseráveis que hoje dominam este País. Esse é mais um dos factóides que em breve servirão de apoio à política do nosso comando maior, vindo para ajudar a diminuir os efeitos drásticos da famosa marolinha, cantada e decantada pelo Presidente Lula. Até aí, nada de novo no front. O difícil é não entender o porquê do outro lado da moeda ficar sempre escondido. Realidade que mostra um salário mínimo comido por 40% de impostos, na troca imediata do seu valor por qualquer aquisição de produtos, bens ou serviços. Isso transforma essa benevolência em apenas duzentos e setenta e nove reais, quando descontada a parte do leão, que come numa bocada só, cento e oitenta e seis mangos dele.
É maravilhoso passear por uma cidade repleta de placas que mostram obras e mais obras municipais iniciadas. Até aí, nada de novo. O difícil é viver tempo suficiente para vê-las totalmente concluídas.
É uma delÍcia a sensação de paz e harmonia em que vivem os poderes Executivo e Legislativo do Estado, livres das antigas pendengas que resultaram na famigerada Operação Dominó que até hoje não deu sinais do que veio. Até aí, sem novidades. O difícil é não saber de que tecido é feito a mordaça que amarra e silencia as bocas, daqueles que são regiamente pagos para fiscalizar os atos da Governadoria Estadual.
É uma grande satisfação ver a preocupação que alguns ministérios dedicam à preservação da Amazônia. Ministros que chegam impondo ordenações, fechando madeireiras, dando idéias, promovendo encontros e mostrando que realmente têm interesse pelos fatos que hoje preocupam o mundo em relação à floresta. Até aí o povo e a natureza agradecem. Dificil é entender o porquê da invasão silenciosa de dezenas de milhares de ONGs e outros “mãos leves” da nossa biodiversidade, sem que os brasileiros não saibam nada do que realmente se passa. Um abafa geral pontuado por essas visitas ministeriais que mais parecem satisfações internacionais do que propriamente à população do Brasil.
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