O SAMBA DO GARANHUENSE DOIDO
No balanço dos grandes feitos do malfadado governo petista - neste infeliz País que sempre substitui sujos por mal lavados, na alternância do poder – o resultado é puramente retórica.
Um palavreado farto que aparece nos veículos de comunicação às custas de alguns bilhõeszinhos investidos na compra da mídia, subserviente às ordenações de um grande império de fantasia e de enganação. Palavras momescas que transformam o cenário político do Brasil em uma nova Sapucaí, por onde desfila uma só agremiação, cantando em altos brados, uma espécie de samba do crioulo doido.
E o povo canta junto. E não é um povo qualquer. È o povo da miséria. Por coincidência exatamente o povo que se orgulha de um governo paternalista, que lhe repassa mensalmente cerca de cento e poucos dólares, para ser aplaudido incessantemente, - como uma claque de napoleões retintos, barões famintos e pigmeus do boulevard – na epidemia burlesca que se instalou neste País inconsciente, inconseqüente e despolitizado.
O pior de tudo é a letra desse samba enredo , cantado insistentemente por esse Brasilzão afora. Um texto escrito com palavras demagogas que subverte e esconde a realidade, propondo transformar mentiras em verdades, na insistência diuturna da repetição dos seus bordões. E a mentira repetida mil vezes, transforma-se em verdade aos ouvidos despreparados e desinformados da grande maioria deste povinho desatento.
O estribilho principal é uma tal de bolsa família, que esconde dentro da fantasia publicitária e marketeira o outro viés de suas intenções. Uma verdade clara e que salta aos olhos, que é a formação de um alicerce na opinião pública para dar suporte à construção de um governo repleto de maquinações estranhas e conchavos duvidosos. Vista por olhos mais atentos não passa de compra desavergonhada de quarenta e cinco milhões de votos, que garantem a permanência no poder de quem quer que seja e com quaisquer intenções.
E o samba doido continua. E as passistas se contorcem de prazer quando seu grande líder, tendo como cetro uma garrafa de marrafo, estatela seus olhos vermelhos e esbugalhados de álcool, e sai tecendo seus comentários carnavalescos que imediatamente abrem gargalhadas nas consciências mais esclarecidas.Os miseráveis vibram nas platéias da subserviência, curvando-se ao medo de perder a esmola que recebem mês a mês.
Enquanto isso o rei traz para o seu séquito anjos e demônios, desde que se aquietem e entrem para a claque dos aplausos. Porque o rei os conhece a todos. E sabe que no fundo a escola, os sambistas e o samba são os mesmos. E sabe também que basta uma pequena ordem, para que se quebrem a sustentação de suas alegorias e esses carnavalescos se estatelem no chão expondo suas inomináveis vergonhas.
Outra parte do estribilho canta o PAC. Um Pacderme monstruoso e falso que se apresentou a princípio envolto na gorda quantia de 17 bilhões de reais, mas na passarela do samba real aparece magrinho com apenas cento e poucos milhões efetivamente liberados.
E enquanto a escola de samba passa, protegida por seus cordões de isolamento, a inadvertida platéia samba no custo de vida altíssimo, entregando quase a metade da esmola recebida na mão dos seus benfeitores quando compra o arroz, o pão ou a chinela de dedos. E uLula mesmo tendo que roubar energia elétrica por não ter como custeá-la. Mesmo deitada em macas insalubres jogadas aos corredores da saúde pública. Mesmo tendo filhos como traficantes, quando vivos. Mesmo sem qualidade de educação que hoje só se presta pra formar derrotados, e, no máximo flanelinhas, guardas noturnos e frentistas de postos de gasolina.
E enquanto o samba passa este país fica preso. Preso na safadeza da compra de consciências, em uma das mais brilhantes e perniciosas jogadas que uma nação já presenciou. Porque nunca este País vivenciou uma estratégia tão inteligentemente sórdida, ao ponto de transformar em lições elementares as pregações do satanista Rasputin ou de Maquiavel.
Uma hipnose coletiva que mantém por todos os meios, - aqui incluindo alianças com contraventores de toda ordem – a miséria Brasileira totalmente cega, perante a magnitude de sua portentosa ornamentação lúdica, paramentada de brilhos cintilantes e acompanhada por uma bateria ensurdecedora , para que ninguém ouça o que é combinado nos guetos à boca pequena.
Puro desfile de escola de samba. Unidos da falcatrua. Estação primeira da safadeza. Todo mundo cantando o samba do nordestino doido.
Nunca tantos se deixaram enganar tanto por tão poucos.
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