sábado, 29 de agosto de 2009

DESESPELHO


Pensamos que somos mas não somos
E quando menos esperamos, eis que somos
Tudo o que em nossos planos, renegamos.
Invertemos, duplicamos, falseamos...
Omitimos, disfarçamos, enganamos...
Somos assim, parece, salvo engano
Somos engano, parece, quanto somos
A ilusão de todo desengano.

Já nascemos enganados de nós mesmos
No convívio eterno que aceitamos
Com essa podridão que nos faz assim humanos
E por precisarmos ser assim, sobrevivemos

É a fantasia que alivia esta viagem
A vida, amor, é um estranho espelho
Onde não somos a nossa própria imagem.

Um comentário:

Magda disse...

É triste os momentos em que vemos o que realmente somos,a ilusão é necessária para sobrevivencia.