POEMA VAZIO
No momento em que os olhos vêem nada
Nem vultos ou fantasmas entre teias
Entremeio ameias, paz e sonho
No momento em que as mãos não tocam nada
Nem mesmo a si mesmo impuramente
No momento em que a pele perde o brilho
E se ausenta da luz, toda palavra
No momento em que os segundos são vazios
E saltam em tempos seculares
Brincando de eternidade nos relógios
Sem compromisso com a dor da madrugada
No momento em que os sons são mudos,
E todos os cantares surdos, choram a morte do violão
Fica estabelecida a dissidência
Fica estabelecida toda ausência
No reino donde mora a solidão.
Um comentário:
Solidão seria o melhor titulo para este poema, pois é o que ele reflete, lindo mesmo!. Você anda inspirado.
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