sexta-feira, 2 de outubro de 2009

TANTOS E TÃO POUCO

Somos tantos e tantos
e no entanto tão pouco...

Na cabeça, sãos e loucos,
no corpo apenas dois sexos
Ou os que nascem de um lado
e querem viver do outro.

Na pele só quatro ou cinco,
de melanina pintados.
No olho o azul, o verde e o preto
Na boca choro ou sorriso

No amor menos ainda
apenas de uns gostamos
E de outréns não gostamos:
ou amamos ou não amamos.
É amor ou desamor,
o todo do que sentimos.

Mas o mais que nos apensa,
Que nos torna tão intensos,
e sermos tantos e tantos,
é o de aceitar o que somos
E rejeitar nosso avesso.

Se somos assim tão pouco
Porque sermos tão contrários?

Para amar somos pequenos
No ódio somos imensos

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