sexta-feira, 6 de novembro de 2009

RÉQUIEM



Envoltos nos mistérios da palavra
E ações de opróbios muito sérios
Putrefam velhos corpos, os cemitérios,
No desmonte final que a terra lavra

Ali se igualam velhos assassinos
Homens santos, guerreiros e covardes
Que se arrependem dos seus desatinos
Ouvindo de si mesmos: __já é tarde!

“Se eu pudesse voltar eu não faria”
Dizem todos negandos os próprios feitos
Fedendo o desencarne nauseabundo

E ali inertes com as mãos nos peitos
Vêem vivos chorando de alegria
Por menos um demônio neste mundo.

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