O PACÍFICO POVO BRASILEIRO!

Precisamos imediatamente repensar essa história mal contada de que o Brasil é um País de gente pacífica. Conversa fiada. Fazemos parte de um dos países mais violentos do mundo, onde crimes hediondos acontecem a cada minuto e por motivos às vezes totalmente fúteis. Crimes de toda ordem. Crimes por ideologia, crimes por religião, crimes por irresponsabilidade, crimes contra a mulher, crimes contra crianças e outros e outros e outros.

Para demonstrar isso basta uma olhadinha rápida nas estatísticas do nosso trânsito. Essa verdadeira guerra, onde bandidos manuseiam armas que pesam toneladas, mata 24.000 brasileiros por no local do acidente, outros 18.000 em decorrência dos ferimentos do acidente. Esse é o resultado da estatística do horror que mostra números surpreendentes, como o que define claramente 723 acidentes nas estradas do Brasil por dia ou um a cada dois minutos. O relógio macabro desse tempo mórbido aponta um morto para cada 40 minutos. Dividindo o numero de mortos pela extensão de estradas do País, percebe-se que morre um Brasileiro a cada 7 km em um ano, ou um ferido a cada 1.100 m. E aqui não estão computados os números da carnificina urbana, talvez mais aterrorizante ainda.

Neste País “pacífico” se cometem 40.000 casos de violência infantil a cada 12 meses , resultando em 4.000 óbitos de seres indefesos por ano. Sim senhores. Quatro mil crianças morrem todos os anos, vitimas das mais atrozes espécies de violência.

E não para por aí. O simplório, humilde e pacato povo Brasileiro consegue matar 2.500 mulheres sob as mais diferentes espécies de torturas como estrangulamento, facadas, foices, machadadas que fariam de Hitler um verdadeiro anjo de candura. Essas verdadeiras escravas do lar em todo o Brasil, recebem como pagamento, violências extremamente dolorosas, que resultam em quase 50% da população feminina agredida de uma forma ou de outro por este país afora.

Vamos mais longe ainda. O sossegado e manso povo do Brasil é responsável por um das mais violentas baladas noturnas do mundo, cujos crimes são oriundos de todas as classes sociais e de uma juventude drogada cuja visão bêbada ou dopada não consegue mais visualizar os limites que separam a cidadania do crime. Aqui se mata por qualquer quantia. Por qualquer bolsa. Aqui, pais e padrastos violentam filhas e enteadas antes mesmo de completarem cinco anos de idade, não sendo raros casos de estupros em recém nascidos que não completaram um ano de existência.

O Brasil tem a pistolagem mais barata do mundo e por pequenas quantias se pode eliminar um desafeto.

E assim lá vamos nós.

Morrendo nas mãos dos bandidos. Morrendo nas mãos da policia. Morrendo nas mãos dos irresponsáveis do trânsito, as vezes completamente bêbados. Morrendo por armas em mãos que deveriam estar em canetas, lápis ou cadernos na escola. Morrendo por erros médicos. Morrendo por falta de atendimento em saúde. Morrendo por dengue. Morrendo por AIDS e até, pasmen todos, por diarréia.

Mas a pior de todas as violências ainda não foi dita. A pior de todas, a mais cruel, a mais nefasta é a da ambição pessoal que leva o poder brasileiro a criar todo o caos em que vivemos. Isto porque, enquanto o venha nós transforma em pouco tempo um pobretão qualquer que ocupe um cargo publico em milionário, o vosso reino vai deixando de lado uma população inteira à mercê da própria sorte.

Feliz é o Iraque. Lá, uma guerra poderosa conseguiu matar 150.000 civis sob o fogo intenso de mísseis e armas pesadas de guerra. Aqui nós morremos na razão de um milhão de pessoas de causas não naturais ou de violências de toda a espécie.

Pacifico uma ova!