terça-feira, 16 de setembro de 2008

IMPACIÊNCIA



O que amedronta são os meus impulsos
Mais de reprimi-los do que de aceita-los

E toda essa pressão me dói no peito,
Nas juntas, articulações, nos rins, nos olhos
Que já se esbugalham fora do meu corpo.

Até a minha alma já não acha espaço
E vive comprimida dentro de algum osso.

Portanto, se aproxime com cuidado.
Pise devagar ao ter comigo,
Evite desestabilizar esse perigo
Que são meus impulsos presos em mim.

Porque liberar essa energia pelo espaço
Partirá dois corações em mil pedaços
Em uma hecatombe de desgostos.

Nosso cadafalso. Nosso fim.

Um comentário:

Cláudia Campello disse...

ah e esse medo de amar... de se entregar a uma louca ou equilibrada paixão! quero mais é sangrar de amor, rs. Cícero, adoreiiiiiiiii.