URNAS ELETRÕNICAS. VOCÊ DEPOSITA CONFIANÇA NELAS?
Já disseram que quem inventou o cinto de castidade, inventou o abridor de latas. Claro. Até porque, nesse caso, ninguém inventaria algo totalmente inviolável. E é assim que as coisas funcionam. Tudo é devassável. Tudo pode ser invadido. Tudo pode ser penetrado, de forma que não sobreviva qualquer segredo. Nem os segredos do pentágono, nem os segredos da NASA, nem os segredos dos átomos. Não existe gabinete de ministro, nem de presidentes da república e nem mesmo da polícia federal, totalmente livre de espionagem. Principalmente em tempos de tecnologias avançadas que caminham na construção dos cofres informatizados, cujas chaves são facilmente descobertas por uma contra inteligência praticamente no mesmo nível.
E é essa violabilidade que põe em dúvida um monstrengo, empurrado de cima pra baixo no sigilo total e absoluto do voto: a nossa tão discutida e não explicada urna eletrônica. Primeiro porque não é possível entender a argumentação da necessidade tão premente desse equipamento, hoje questionado por grandes especialistas da informática. Por mais que comprovem a segurança que ela proporciona ao pleito eleitoral, sempre restarão dúvidas por motivos facilmente comprovados, como as invasões constantes dos sistemas mais seguros do mundo, na esfera pública e privada. Depois, é preciso entender que o voto, quando feito nessa traquitana cantada e decantada como uma das grandes invencionices Brasileiras, não deixa rastros, transformando a vontade do eleitor em um arquivo virtual, impossível de ser comprovado com alguma prova física.
E é por isso que o mundo inteiro rejeitou esse estranho avanço do contexto eleitoral Brasileiro. Países como os EUA fazem uso da urna eletrônica, mas o eleitorado a considera como uma ponte a permitir o contato entre a honestidade e a desonestidade nas eleições, tudo acompanhado de críticas severas de proeminentes estudiosos do assunto. A Rússia impediu imediatamente qualquer estudo que viabilize o nosso sistema no seu território, adotando um sistema muito mais eficiente e com clareza indiscutível. Por lá o eleitor continua a votar em cédula que, a partir do voto assinalado, é lido por urnas eletrônicas que repetem em um visor a escolha feita. Aí sim. O voto passa a ser virtual mas conta com uma prova física para contagem ou recontagem posterior.
Para piorar tudo estão querendo colocar um identificador digital nas urnas. Ou seja, o indivíduo mete o dedão na maquininha e imediatamente é identificado. Ou seja, o segredo do voto vai cair por terra. Ou seja, o candidato poderá comprovar facilmente se os votos comprados foram honrados, ou desonrados pelo meu ponto de vista. Ou seja, tem coelho nesse mato.
E essa é a verdadeira historinha pra boi dormir da tecnologia avançada Brasileira. O mundo da tecnologia, formado pelos países que dominam toda essa parafernália, não quer nem saber dessa arrumação Brasileira. O Japão nem pensar. A Inglaterra nem ouvir falar. E por aí em diante.
E lá vamos nós. Votando eletronicamente. Imaginando que estamos impressionando o mundo inteiro com a agilidade dos nossos pleitos. Enquanto isso o planeta inteiro desdenha dessa pressa que ainda não foi totalmente digerida pelo staff da inteligência Nacional. E mesmo que ela seja totalmente honesta, já existem hackers vendendo cadeiras em assembléias e câmaras de vereadores com numero de votos previamente combinado, em tabela de preço.
E além disso os casos de fraudes já foram constatados. O de Alagoas, das eleições passadas, foi considerado preocupante pelo ministro Marco Aurelio Mello que requisitou até uma auditoria para investigações.
E assim caminha o Brasileiro. De novo com mais uma pulga atrás da orelha, trocando confiabilidade por pressa. E como já diziam os antigos: a pressa passa, a merda fica.
Você confia nessa traquitana modernista?
Um comentário:
Ei,não assusta !!!
nas máquinas eu confio... já nos homens, hiiiiiiii
justiça seja feita!
bjs
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