O DESENCANTO
Ao sair, saia cabisbaixo
Como se o peso de todas as culpas
Forçasse o seu olhar ao chão.
Leve com você os trastes da insídia,
O lixo das agonias desnecessárias,
Os dejetos dos ciúmes, podres e imundos,
A sujeira da desatenção destrambelhada,
Que atordoou o amor que lhe foi dado.
Saia em silêncio. Envergonhado.
Assumindo a nojentice dessa trama
De viver apenas pra si mesmo.
Do que traindo a si próprio, inda se engana
E recebendo o limpo o transforma em lama
E caminhando solitário rumo ao êsmo,
Só imagina que ama...
...mas não ama.
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