PODRES PODERES
È inacreditável o nível de fragilidade a que chegaram os poderes no Brasil. Podres poderes que, em vista das milionárias verbas pagas com o suor de quem trabalha, passaram a enterrar massa podre nos seus próprios alicerces. O resultado é que toda a estrutura afunda dia a dia, os pilares de sustentação estalam e as paredes balançam apenas com o sopro que sai das bocas indignadas, que expõem verdades velhas conhecidas.
E esse balança mas não cai ainda conta com a força poderosa de bolas imensas de demolição, chamadas no mundo virtual da internet, de sites eletrônicos. E isso significa um jornalista que compra um domínio na net, alguns computadores e, de posse desse impressionante poderio bélico, começa a disparar petardos indefensáveis contra débeis estruturas, assentadas em poças de lama e corroídas diuturnamente por ratazanas gordas e fartas.
Não haveria aí uma inversão de valores? Seria a mídia a ré de questões mal explicadas e escondidas do povo, nas caixas pretas indevassáveis das ações dos nossos homens públicos? Seriam os sites eletrônicos, hoje adjetivados de “baixa estatura moral”, que verdadeiramente cometeram a corrupção que hoje abarrota as prateleiras judiciárias, e que nomina claramente os patrocinadores da orgia e das bacanais financeiras feitas com o dinheiro público? Acho que não. Isso seria como imputar ao defunto a culpa pelo seu próprio assassinato.
Seriam falsas as informações publicadas em todas as linhas da mídia Brasileira sobre a podridão que envolve a política no Brasil? Seriam apenas injuriosas e infamantes as notícias que dão conta das ladinices, que envolvem a maioria plena de todo o cenário legislativo do País? Acho que também não. Nunca e jamais tão poucos conseguiriam enganar tantos por tanto tempo.
Há que se considerar também que injuria e difamação podem ser combatidas com a espada da lei, que costuma abrir cicatrizes imensas no corpo daqueles que vivem de insultar e ofender posturas corretas de pessoas honestas. E isso definitivamente não é, nem de longe, o retrato claro e nítido do que se escancara na visão de todos. O que se vê é a imagem da sujeira, é a foto do lixão e seus urubus, que , com palavras vãs e sem densidade, tentam defender com garras e bicos, o que consideram de sua propriedade.
De tudo o que eu li nessa tão propalada “imprensa marron” quase nada foge da verdade. Os exageros não passam de retórica, com o uso de palavras mais contundentes usadas a bel prazer pelos que detêm a arte de escrever. Nada mais que isso. Até porque folhas de pagamento paralelas, uso indevido de passagens aéreas, mordomias sem limites, verbas indenizatórias e outras pungas, não são factóides buscados na imaginação fértil de quem quer que seja e cabem com folga nos orçamentos estonteantes que bancam instituições sem resultados visíveis em prol dos votos nelas confiados.
Vamos abrir processos senhores legisladores do Brasil! Vamos colocar na cadeia esses jornalistas malditos que insistem em não deixar que Suas Excelências cumpram em paz a grande obra desse imenso esforço em prol do bem estar de todos. Vamos provar com documentação gorda e densa que na verdade tudo não passa de calúnia e insultos, vindos de quem não tem mais o que fazer do que falar mal da vida alheia.
Eu gostaria muito de ver isso. Gostaria, mas não vou ver. A estatística mostra claramente que uma porcentagem muito pequena das pendengas entre mídia e poder, se volta contra os jornalistas. E talvez isso seja mais uma das imensas injustiças cometidas contra a probidade dos poderes no Brasil. Podres poderes.
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