ODE Á DESIGUALDADE
Talvez...
...se eu fosse capaz de me enfrentar,
o meu pequeno eu manso, cordato e submisso
contra o monstro da compostura honesta da alma
Talvez...
...se eu aceitasse mais o erro, e o ouvisse como
a essência mais impositiva da estranheza humana
Talvez...
...se eu condescendesse, flexibilizasse mais ou me vergasse
como o lenho covarde nas tempestades....
Talvez..
...se eu parabenizasse mais e não houvesse em mim
essa língua cáustica tão maledicente e com vida própria
Talvez...
...se eu aceitasse mais, e não fosse tão contra, rotineiramente contra,
Imperiosamente contra
Talvez ...
...se eu obedecesse mais, na humildade do asno complacente
Talvez ...eu era rico...confiável...farto.
Talvez meus iguais éramos a mesma rotinice humana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário