quarta-feira, 18 de novembro de 2009

RETALIÃO


Como pode a liberdade enclausurada?
E o belo vivendo o desencanto?
E o porvir viver em contentamento,
Com essas pedras no caminho?
A mão estende o tapete
E o puxa de repente
Jogando sorrisos ao chão?

Ando rindo das quantificações do mundo
Dessas ampulhetas sem o tempo dentro
Do anacrônico voltar dentro do tempo
Revestindo o passado velho e imundo
Renascendo o que há muito já é morto

Mas não se iludam senhores
Se agarrem aos seus pavores
Haverão gritos terríveis
E sofrimentos horríveis.
A humilhação vos espera

Com a mesma costa lanhada
A mesma boca travada
E o castigo superno
De muito maior inferno
Que a vossa praga, nos dada.

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