segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

SÓ ROUBE SE FOR POLÍTICO


Menino véio, o pretenso criminoso que se dispuser a saber um pouco mais sobre o sistema penitenciário do Brasil, com certeza vai desistir da próxima façanha fora-da-lei.

É algo tão nojento que tranferir os presos para um chiqueiro de porcos seria um ato de caridade e comiseração.

Imaginem que o Brasil dispõe de quinhentos e poucos presídios onde cabem apertadamente duzentos mil apenados, mas que na realidade estão entupidos com mais de quatrocentos e cincoenta mil presos.

Isso significa que em uma cela onde deveriam ficar vinte homens, abriga mais de quarenta, sem higiene de qualquer espécie e com todas as formas de promiscuidades possíveis.

A sexualidade nesses antros é tida através da homossexualidade obrigatória, onde os mais poderosos enrabam diariamente os menos favorecidos pela sorte, que ainda são obrigados a servir em regime de escravidão às lideranças do crime (Qualquer dúvida basta perguntar pro Lula).

E isso se traduz em disseminação de doenças que vão desde a simples blenorragia, sífilis, cancros e AIDS (Informações precisas dão conta que 20% dos sentenciados já estão contaminados por ela).

Tudo isso sem qualquer cuidado de saúde (Se nós que somos livres não contamos com esse serviço público, imagine um presidiário).

Em uma análise mais profunda os números ficam cada vez piores.

Noventa e cinco por cento da nossa população carcerária é composta de homens jovens, pobres e sem qualquer esperança de futuro. Metade deles sem concluir o primeiro grau e 10% sem alfabetização.

Tem mais. Um terço deles cumpre pena fora dos espaços prisionais e estão totalmente esquecidos pela justiça, sem qualquer informação sobre o julgamento dos seus processos.

A anarquia é generalizada. Tanto faz o assassino contumaz quanto o ladrão de galinha. Todos são misturados nessa dantesca pocilga e os menos perigosos, com o ódio de vivenciar essas atrocidades, acabam por se tornar criminosos especializados.

Quando libertados, procuram emprego durante três meses, e ao encontrarem todas as portas fechadas, retornam imediatamente ao mundo do crime. E isso representa 90% de todos os que ganham a liberdade.

Eu não sou dos que acham que bandidos merecem conforto e luxo, e até penso que azeite quente derramado em um funil, enfiado no furico de um bando de filhos da puta desses, seja até merecido. Mas não pra todos, é claro. Apenas para uns cincoenta mil que formam a elite da violência generalizada.

Isso nos livraria de, no mínimo, cem milhões de reais pagos mensalmente , visto que cada presidiário custa 3 salários mínimos. Isso mesmo. 3 salários mínimos para manter esse “excelente” serviço que deveria se prestar à recuperação dos aprisionados, mas que na realidade se mostra como especializado em formar novos criminosos.

Portanto Ilustre Senhor Futuro Criminoso, pense quinhentas vezes antes de cometer sua contravenção, crime ou delito. Não existe dinheiro que pague o sofrimento de uma boa temporada nesse inferno.

Mas se insistir em ser bandido, tome outro rumo. Seja um bandido dentro da lei. E para isso basta se candidatar a vereador, deputado estadual, governador ou conseguir uma colocação no dadivoso universo do funcionalismo público.

Aí pode.

Dessa forma você conseguirá procrastinar indefinidamente sua sentença. E até que ela seja tramitada em julgado, a lei vai presumir sua inocência.

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