quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

SEIS POR MEIA DÚZIA


Acaba de ser dado o estarte(sic) para a contagem regressiva. No zero, muita gente vai voar pelos ares, no empuxo do combustível liquido e certo, armazenado nas altas cortes da justiça do Brasil. O primeiro da lista acaba de decolar ontem e, com certeza, deveria parar no raio que o parta da lista negra de todos os eleitores Paraibanos. Mas não vai. Acontece que o eleitor Brasileiro é como aquela estória do hímen complacente. Sofre pressões terríveis da pouca vergonha, mas continua lá aguentando firme e forte. E o pior: sentindo prazer por estar sendo vilipendiado em toda a sua integridade.

Mas no Brasil, o buraco é mais embaixo. E ninguém nunca saberá se o pior é deixar o Cássio Lima por lá, mesmo sendo comprovadas todas as suas ladinices, ou alçar ao poder o ilustre José Maranhão, que recentemente foi incluído na pouca vergonha pemedebista, por um dos seus conterrâneos.

Das duas uma: se ficar o bicho pega, se correr o bicho come. Acontece que nesse pega pra capá nada adianta. Se corre o bicho come. Se fica, o bicho pega e come também. E aqui cabe muito bem a velha teoria do tanto faz como tanto fez. Não entendeu? Eu explico: trocar o sujo pelo mal lavado, seis por meia dúzia e por aí afora. É que no fundo do poço onde todos nos encontramos a ordem dos fatores não altera muito o produto. E a matemática da safadeza aparece com uma equação estranha onde um é igual a um ou um é igual a qualquer outro um.

E o Senador entra para Governar Pernambuco como um dos Governadores mais rico do Brasil, cuja coligação, nas eleições passadas, detinha um patrimônio duas vezes maior do que todos os presidenciáveis juntos. Nada contra riquezas, nada contra dinheiro, nada contra ser milionário. O que engasga é saber o exato porquê de um homem tão rico assim querer receber a mixaria que um senador recebe. A velhinha de Taubaté, saudosa personagem do Erico Veríssimo, tinha uma explicação: é para abraçar a luta do povo Brasileiro. Sei não...

E você quer saber mesmo porque o um que sai é exatamente ao um que entra? Essa é fácil de responder. Acontece que o ilustre novo Governador de Pernambuco também responde a processos que fedem tanto quanto os do que está saindo. E por motivos exatamente iguais: abuso de poder político e econômico, compra de votos, conduta vedada e ainda uso indevido dos meios de comunicação. São oito ao todo e isso apenas na justiça eleitoral.

Então ficamos assim. Nossa alta corte judiciária manda para o espaço uma lata de lixo e coloca no lugar um vasilhame de restos, ou seja, uma outra porcaria igual em tudo. O pior é que tudo vai ficar como dantes. O que entra, sem qualquer sombra de dúvida, vai fazer olho grande para tudo o que aconteceu na gestão anterior e o que sai, aguarda dois anos para ser empossado como Deputado Federal ou Senador da República.
Sai um daqui e entra lá. Sai um de lá e entra aqui.

Nós também estamos pertinho de presenciar isso. Em breve estaremos ouvindo a explosão da ignição que levará aos ares um dos governadores proporcionalmente mais votados no Brasil. E se as aves que aqui gorjeiam gorjearem como lá, um senadora vai ter que pedir demissão para assumir o nosso executivo. Enquanto isso o que está saindo espera dois anos para, finalmente, ser um futuro Senador do Brasil.

E sai deixando um monte de cordeirinhos órfãos. E a oposição nessas horas arreganha dentes imensos de lobo mau e quer comê-los vivos, um a um. Um a um.

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