domingo, 27 de dezembro de 2009

O MORAL DA IMORALIDADE

Na maioria das vezes, os defensores do mais novo paladino da justiça social, - já reconhecido internacionalmente como o Robin Hood da Amazônia, por suas luta incansável em prol da qualidade de vida de quarenta milhões de votos espalhados por este Brasil afora – pensam que todos os seus contrários o são porque não concordam política ou ideologicamente com ele.

Ledíssimo engano. Essa de ideologia e política só serve mesmo é pra quem apóia a imoralidade vigente. Gente que vive ou já viveu às expensas do erário público e que não cansa de carrear a merda existente no chiqueiro da safadeza, pro imenso digestor de teorias sociológicas totalmente indefinidas.

A intenção é a de anular o budum fétido que sai da fossa em que foram transformados todos os poderes do Brasil.

E é exatamente aí que está o golpe.

Ladroagem, corrupção, bandalheira e tudo quanto é safadeza descarada, vão sendo jogadas na conta da ideologia , onde entram por um lado como massa sangrenta de carne de porco, pra sair do outro como lingüiça pronta pro consumo.

E o pior é que o povo só vê o produto final, porque a merda, a lavagem e a sujeira com que o animal foi alimentado, jamais vão aparecer na embalagem.

Pois sim.

Uma pequena viagem pelo mundo imenso dos formadores de opiniões - que deixam seus textos pelas revistas, jornais, blogs e sites que não foram comprados com o dinheirinho suado dos meus impostos, - é suficiente. Só isso basta pra deixar claro que nenhum deles está muito ligado nessa história de ideologismos ou de política no sentido lato da palavra.

Do que todos eles falam é da lavagem e não da lingüiça. Todos se voltam pra política no sentido restrito do termo.

Porque nas terras Brasílicas até a língua pátria precisa ser manipulada e as palavras que antes tinham um significado passam a ter outro, para também se submeter às vontades escusas dos nossos novos tempos.

Assim, política, que antigamente significava sistema de governo ou habilidade de conduzir e aprovar idéias, ganha um novo conceito e passa a ser traduzida como o “jeitinho brasileiro” de comprar opiniões, calar a boca, quadrilhar pelegos e mil outras mumunhas teudas e manteudas com os cofres da viúva.

E tudo isso a peso de ouro. Mordaças reluzentes e douradas coladas sobre a boca da cafajestice, pra não deixar à mostra o sorriso de escárnio, vindo da felicidade dos que só pensam em ambições, poder e dinheiro.

Na verdade, e a bem da verdade, eu sou um dos que nunca falaram de política no sentido lato da palavra. Tudo o que escrevi a respeito da putaria na qual vivemos, diz respeito muito mais à nojentice do bordel com seus maus cheiros etílicos e de xerecas e picas mal lavadas.

Se falei de política foi a política dessa nossa conhecida Lei de Gerson, que significa levar vantagem em tudo.

Porque política mesmo é outra coisa. O bom político é antes de tudo um bom vendedor. É o que, com argumentos embasados, consegue convencer os seus contrários. É aquele induz adversários a repensar velhos conceitos e admitir o momento do novo.

Mas por aqui o que temos são compradores. E que negociam com dinheiro dos
outros.

Compram movimentos sociais, como o famigerado MST. Compram movimentos estudantis que já não dão as caras desde os dois Fernandos. Compram opiniões favoráveis do povo. Compram Deputados e Senadores. Compram a justiça. Compram a imprensa e quem quer que seja que resolva peitá-los de frente
.
A mim não compram. E enquanto eu puder vou estar por este mundão afora falando dessa politiquinha minúscula que na verdade não passa de barganha, de aquisição de fantoches pra esse imenso teatro de bonecos manipulados por um suposto líder e seu partido.

O problema é o enredo desse teatro de sordidez. Uma tentativa suja de lavar sua própria sujeira apenas perante o olhar mal informado do analfabetismo e da miséria existente. E o povo assiste e aplaude, na maioria das vezes sem saber que é o financiador desse mamulengo ridículo e fora de propósito.

Viva o Brasil! Um viva à vitória aparente dos defensores do moral da imoralidade.

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