quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

POEMA BÊBADO


Desculpe as incertezas destas linhas
Pois poeta não define, imagina.
E enxerga vinho onde existem vinhas
E a liberdade no que avoa e trina

O poeta vê o que su’alma sente
Como um anjo nas agruras de um inferno.
Pensa transformar um beijo displicente,
Na desilusão e dor de um amor eterno

Toda certeza respira o pobre asceta
Que caminha pela luz e só começa
Onde a pobreza da visão divisa

A poesia não. Sucumbe, cai, tropeça
Sem ver a pedra que o olhar avisa.
É bêbada a tal essência do poeta.

Nenhum comentário: