quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

MEA CULPA


Já que se perdeu de mim,
É bom lembrar: algo ficou.
Tão pouco que minha dor nem percebeu,
Mas perpétuo e agora meu, pra sempre meu.

Fiquei com um pedaço desse olhar
Que vigiava o lado invisível dos meus sonhos,
E só você os via ... noites...dias...
Em minha intimidade devassada.

Eu um dia aprisionei essa visão.
E a guardo aqui em mim,
Vagando internada em minhas veias.
Pulsando em liquidez minhas artérias,
Qual vigília eterna, colada em minha alma.
Como um jugo pesando a consciência
E que apena aos meus pecados, uma sentença.

Uma cruz que inda carrego em meu desterro,
No exílio interminável do meu erro.

2 comentários:

Anônimo disse...

Conseguiu retratar a parte mais estranha do amor...aquela que fica...acusando...tirando a paz.

Anônimo disse...

Quem é o amor? To curiosa...e com ciumes...rs...