MEA CULPA
Já que se perdeu de mim,
É bom lembrar: algo ficou.
Tão pouco que minha dor nem percebeu,
Mas perpétuo e agora meu, pra sempre meu.
Fiquei com um pedaço desse olhar
Que vigiava o lado invisível dos meus sonhos,
E só você os via ... noites...dias...
Em minha intimidade devassada.
Eu um dia aprisionei essa visão.
E a guardo aqui em mim,
Vagando internada em minhas veias.
Pulsando em liquidez minhas artérias,
Qual vigília eterna, colada em minha alma.
Como um jugo pesando a consciência
E que apena aos meus pecados, uma sentença.
Uma cruz que inda carrego em meu desterro,
No exílio interminável do meu erro.
2 comentários:
Conseguiu retratar a parte mais estranha do amor...aquela que fica...acusando...tirando a paz.
Quem é o amor? To curiosa...e com ciumes...rs...
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